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    II Congresso Internacional sobre Revitalização de Línguas Indígenas e Minorizadas

    – www.cirlin.com – UNB – Brasília – 1 a 4 de outubro de 2019

    1. A) Simpósio: Relações céu-terra: saberes indígenas revelados

    Coordenadores: Cristina Martins Fargetti (UNESP, Araraquara)

    Marcio D’Olne Campos* (UNICAMP, SIAC, Proposta SULear)

    Resumo: Neste simpósio, pretendemos promover o debate a respeito de conhecimentos tradicionais de povos indígenas sobre as relações entre os eventos observados no céu e as atividades na vida cotidiana, o que chamamos relações céu-terra. Concorrem com esse tema central categorias básicas de análise como tempo, espaço e lugar, marcadores importantes na consideração da organização social de sociedades nativas. Como comprovam pesquisas, estes conhecimentos abrangem objetos celestes e sua dinâmica diária e sazonal, que têm sido aos poucos esquecidos pelas gerações mais jovens, motivo pelo qual seu estudo e documentação reveste-se de uma grande urgência. A importância desses conhecimentos é apontada em trabalhos como os de Campos (1999, 2001), que questiona a visão das ethnosciences e seus preconceitos, mesmo pretendendo estudar uma outra cultura. Para os linguistas, uma pesquisa sobre as relações céu-terra é possível, por exemplo, partindo de trabalhos terminológicos como os propostos por Fargetti (2018), em que a etnografia também é levada em conta. Assim, todo pesquisador que entra em contato com povos indígenas deve ter notado tais saberes, buscando, de alguma forma, documentá-los. Contudo, dadas as especificidades do tipo de pesquisa envolvido, boas iniciativas necessitam de um preparo teórico-metodológico. Em um diálogo entre antropólogos, astrônomos, linguistas e outros pesquisadores, pode-se chegar a metodologias que respondam a essa urgência referida.

    Palavras-chave: relações céu-terra; línguas/culturas indígenas, tempo e espaço, temporalidades

    Referências

    CAMPOS, M. D. (2001). “Etnociência ou etnografia de saberes e técnicas?”, in: AMOROZO, M. et al. Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia, etnoecologia e disciplinas correlatas. Rio Claro: Unesp. <https://sulear.com.br/beta3/publicacoes/>

    CAMPOS, M. D. (1999). “SULear x NORTear: representações e apropriações do espaço entre emoção, empiria e ideologia.” Série documenta, vol. 6, nº 8. Rio de Janeiro: EICOS/Cátedra Unesco.

    FARGETTI, C. M. (2018). “Estudios del léxico de lenguas indígenas: ¿terminología?”, in: González, Manuel González; Sánchez -Palomino, María-Dolores; Mateos, Inés Veiga. (orgs.). Terminoloxía: la necesidad da colaboración. 1 ed. Madrid: Vervuert, v. 1, pp. 343-368.

    (*) 1) <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sulear>

    2) <www.sulear.com.br>

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    1. B) II CIRLIM – Workshop Interativo

    Astronomia a olho nu, relações céu-terra e organização social entre populações indígenas

    Marcio D’Olne Campos (UNICAMP, SIAC e Proposta SULear*)

    “Entre muitas tribos nativas da Colômbia, o céu noturno tropical e os movimentos cíclicos dos corpos celestes constituem modelos para certas formas de comportamento humano. O céu é visto como um enorme projeto de tudo o que aconteceu, acontece ou acontecerá na terra; um enorme mapa repleto de informações sobre todos os aspectos do comportamento biológico e cultural, tempo, espaço, evolução e fenômenos psicológicos; em suma, um corpo enciclopédico do que se poderia chamar de “informação de sobrevivência”, cujo conhecimento por si só pode dar ao Homem uma medida de segurança.” (Reichel-Dolmatoff, 1982. Tradução livre)

    1. Fundamentos: astronomia a olho nu a partir do referencial topocêntrico (o do horizonte). Globo terrestre e mapas. Decolonialidade e a Proposta SULear (vs NORTEar).
    2. Etnoastronomia, ‘astronomia nas culturas’ ou ‘etnografia de saberes, técnicas e práticas’ nas relações céu-terra?
    3. Relações céu-terra, temporalidades, expectativas, regularidades e anomalias nas marcações dos tempos dos fenômenos naturais e sociais no território habitado. Organização social. Trata-se do jogo de expectativas na relação especular céu-terra mencionada por Reichel-Dolmatoff (1982).
    4. Grupos Kayapó (Aldeia Gorotire) do sul do Estado do Pará e Kuikuru do Alto-Xingu.

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– XVI Cong da Soc. Int. de Etnobiologia “Belém+30” – 30 anos depois do  1° Cong. de 1988 em Belém. Ver em Publicações:
2018.2 :: CAMPOS et al. “Belém + 30” (RESUMOS) – 16º Cong. da Soc. Int. de Etnobiologia – 30 anos depois do 1° Cong. em Belém, PA, Brasil, 1988

XVI Congresso da S

Luciana Souza

  • PATRIMÔNIO E COLONIALIDADE:
    A preservação do patrimônio mineiro numa crítica decolonial
  • Por
    Luciana Christina Cruz e Souza

2ª feira, 26 de março de 2018                          MAST – Museu de Astronomia e Ciências Afins

Defesa de Tese de Doutorado em Museologia e Patrimônio                                                          PPG em Museologia e Patrimônio
(UNIRIO/MAST)

Aprovada pela banca examinadora:

Banca Examinadora

 

 

 

 

 

 

 

 

Márcia Regina Romeiro Chuva  (2)
Marcio D’Olne Campos              (5)
Priscila Faulhaber Barbosa        (4)
Bruno César Brulon Soares       (1)
Marcus Granato (orientador)      (3)  Da esquerda para a direita.

RESUMO
A pesquisa para tese identificou relações institucionais que se constituíram em torno do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), forjando discursos sobre a legitimidade da mão de obra especializada no trato do patrimônio. Essa legitimação, fundamentada num primeiro momento pelo exercício político da intelectualidade brasileira, foi se constituindo em torno de saberes acadêmicos, reforçando parcerias e dinâmicas de herança moderno-colonial. A pesquisa, de natureza exploratória, teórica, bibliográfica e documental, procurou mapear a rede de referências políticas geradoras do sentimento de pertencimento à comunidade mineira, e brasileira, a partir da autoridade discursiva delegada à figura do especialista, forjando uma análise hipotético-dedutiva. É nessa perspectiva que procurou-se refletir sobre os discursos institucionais que reforçaram a necessidade da mão de obra especializada para o trato do patrimônio, aparentemente orientados a um fim: o de manutenção de um campo formado por agentes e agências dedicados a autoreprodução, numa geopolítica do saber operada no capitalismo globalizado. Sendo assim, observa-se um padrão de forças que parecem afirmar a existência de uma dimensão de colonialidade nas relações de preservação no Brasil, especificamente em Minas Gerais.
Palavras-chave: Patrimônio; Preservação; Colonialidade; Minas Gerais.

 

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