Curtas na sala de aula

Dicas diversas e discussões com professores da rede de ensino e outros interessados

LEMA:

Problematizar recorrentemente as obviedades sobre as quais não pensamos o bastante

Este é um lema fundamental para a nossa postura da observação e compreensão de qualquer fenômeno, fato, comportamento, etc. diante do qual desenvolvemos nossas reflexões na construção do conhecimento.
É preciso aprofundar e detalhar nossa percepção e raciocínio sobre qualquer coisa observada, sempre problematizando-a, mesmo que o que sabemos sobre a coisa possa nos parecer óbvio e já sabido. Este saber pode estar implícito, subentendido, mas de forma errônea e clamando para ser reconsiderado em profundidade. Enfim, problematizado. Quase sempre temos surpresas!

Os sentidos 1 e 3 de problematizar no Dicionário Houaiss nos auxiliam aqui: 1) dar caráter ou feição de problema a ; 3) pôr em dúvida; questionar

Exemplo:
Todos já vimos as órbitas dos planetas representadas nos atlas escolares como elipses (~ “ovais”). Ao perguntarmos porque as percebemos como elipses, é comum ouvimos uma resposta do tipo: “Porque Kepler calculou e disse que são elipses”.

Mas como podem ser elíticas se Ptolomeu as calculou aproximando-as como se fossem círculos e obteve boa aproximação?!
De fato são quase círculos. Vê-se elipses porque o observador “astronauta” fictício está muito longe fora do sistema solar e observando-o de cima para baixo ou de baixo para cima. A perspectiva lhes mostra elipses.
Experiência: Tire duas fotos de um copo cilíndrico de base circular no direção do seu eixo de simetria e numa visão de mais longe, acima do copo e inclinada em relação ao plano horizontal da mesa.

  1. Observe as fotos e pense no que parece óbvio.
  2. Pense nessas duas fotos ao mesmo tempo que observe o sistema solar como representado nos atlas geográficos.

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  • O Outro Lado da Lua 
    aquele que da Terra nunca se pode ver

A rotação completa da Lua pode ser excepcionalmente vista por nós num vídeo produzido no espaço.
CLIQUE PARA VER O VÍDEO*Registro da “Lunar Reconnaissance Orbiter Camera** da NASA

Por que da Terra, vemos sempre a mesma face da Lua, como essa mostrada na foto?
Está visão, em particular, corresponde aproximadamente ao instante 1:22 do curso do vídeo que dura 1:46, ou seja, 1 mim e 46 seg.
Isso poderia nos fazer pensar que nosso satélite natural não gire em torno de seu eixo num movimento de rotação.
Mas gira sim! Com uma peculiaridade.
O tempo de rotação da Lua em torno de si mesma é igual ao seu tempo de revolução em torno da Terra.
Trocando em miúdos: se a Lua der um quarto de volta (90° de revolução) em torno da Terra, nesse mesmo percurso e tempo, ela também já terá circulado em torno de si mesma de ¼ de volta, continuando “de frente” para o nosso Planeta e para nós.
Por isso nós terráqueos vemos sempre a mesma face da Lua.
No vídeo, a sonda lunar de da NASA nos revela todas as faces numa rotação completa.
NOTA: Há um esquema esclarecedor desses movimentos no blog GEO-CONCEIÇÃO (https://bit.ly/2GL2Vde) da Professora Conceição Fontolan que ensinou no Colégio Saleziano de Itajaí (http://www.salesianoitajai.g12.br).

(*) Vídeo Luahttps://www.youtube.com/watch?v=XVriF4-z3cE

(**) SiteLunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) – ASU 

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  • Solstício de Inverno   –  21 de junho de 2022 às 06h14 

O inverno de 2022 começa na  terça-feira 21 de junho. O Sol nasce na sua posição mais afastada do leste em direção ao Nordeste no horizonte.
Será o dia (claro) mais curto do ano para latitudes do Sudeste com a cerca de 11 horas de duração. Portanto teremos a noite mais longa do ano.
Nos equinócios a duração do dia (claro) e igual à da noite: Igual (equi) + Noite (noxi) = 12 + 12 = 24 horas.

Segue um vídeo em inglês bastante didático sobre as estações do ano:
https://www.youtube.com/watch?v=tX3Y5bzNDiU (*)
Nota: Clicar na engrenagem para legendas automáticas em português. No micro funciona. No celular não conseguimos.

Para nós do Hemisfério Sul ao meio-dia o Sol nascente estará fazendo o menor ângulo com o horizonte. Será visto mais “baixo”.
Na latitude do Trópico de Cancer (+23°30′), na Argélia ou no Golfo do México, por exemplo, o Sol será visto praticamente “a pino”. Esse é o momento deles no qual se pisa na própria sombra. É o início oficial do verão do Hemisfério Norte e do inverno no Hemisfério Sul.
Solstício vem de sol + stare (parar), ou seja o Sol vai se afastando mais para o Norte até parar e “dar meia volta” para que daqui a seis meses tenhamos o verão do Sul no solstício de dezembro. Estamos descrevendo isso no chamado referencial do horizonte ou topocêntrico, de centro no lugar em que estamos. Este é o único do qual nós terráqueos podemos observar o céu. O outros (geocêntrico, heliocêntrico, etc) são teóricos e só permitem cálculos.
(*) City College of San Francisco com vários vídeos explorando ciências da Terra: http://www.ccsf.edu/

Para saber mais: “Movimento Anual do Sol e as Estações do Ano” http://astro.if.ufrgs.br/tempo/mas.htm     da obra         Astronomia e Astrofísica
De: Prof. Kepler de Souza Oliveira Filho e Profa Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS

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Mais dois vídeos:

Vídeos em complemento:
1. O que é solstício e equinócio? – Quer Que Desenhe 8
[https://www.youtube.com/watch?v=fiqAyKOmoEI [5:40]
2. Movimentos terrestres estações do ano Solstício Equinócio
https://www.youtube.com/watch?v=S-DlNTw-8Ns [6:58]

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